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domingo, 3 de janeiro de 2010

Zé Coco e seu espírito humorístico

O sr. José Alves de Oliveira era conhecido na cidade de Boa Esperança pela alcunha de Zé Coco. Ele era tabelião do 1º ofício do fórum local, morava na rua direita, que por sinal era próxima do seu local de trabalho. Zé Coco era humorista nato. Se fosse hoje, no tempo da televisão, ele faria o maior sucesso devido sua inteligência e presença de espírito. Sua vida daria um livro de muitas páginas, porém, aqui nas "Passagens" registramos três das mais pitorescas das quais ele fora protagonista. [...]
Doutra feita, chega à casa do Zé Coco um fazendeiro amigo dele, daqueles de mãos calosas, rudes mesmo. A esposa não estava e o Zé cisma de oferecer-lhe um café. E vai que a xícara que ele vê mais fácil é a do jogo de porcelana importada que a esposa tinha o maior ciúme. Quando ele põe o café e serve ao amigo, a xícara cai e se espatifa. Na hora, foi à cozinha e pegou uma xícara das comuns, serviu o café novamente e pronto. Ficou por isto. Mas a esposa notou, dali uns dias, a falta da xícara no jogo. Pergunta à empregada e essa lhe relata o ocorrido. Quando o Zé Coco chegou do fórum ela foi recebê-lo quase com um cabo de vassoura.
- Mas, o que é isso mulher?
- Quero que me responda como teve coragem de quebrar uma xícara do meu jogo de porcelanas? - Não fui eu - respondeu-lhe - foi o compadre Batista.
- Mas, como?
Ele teve que explicar os detalhes tim-tim por tim-tim. Isso, muitos dias depois ainda tinha que repetir a história, até que um dia ele desesperou-se e pediu-lhe outra xícara. Ela já desconfiada traz-lhe uma xícara comum. Ele:
- Não, traga-me uma do jogo.
A esposa trouxe.
- Sirva café - serviu.
- Agora me dê.
Quando a esposa estendeu-lhe a mão para entregar a xícara ele faz que pega e deixa cair, quebrando outra.
-Aí. Viu? Foi assim. [...]

Extraído do livro “Passagens pitorescas da vida” de José Osvaldo de Siqueira (contos)

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