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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ode ao café (companheiro)

Sob a xícara de louça branca a história
a moça no meio da pagina
junto da bôrra de café
sangue no Nilo
poeira cosmica na Senegal
aqui apenas a xícara a distrair as horas.

A xícara e o computador
comedores de palavras
entupidores de sentidos e carmas
detentores de destinos…

O café, a droga no ponto
forte, quente e amargo.
o companheiro de todas as horas
na frente mergulhosa dos computadores
no final da noite dos poetas,
depois do banho dos bebados,
cedinho no bar da esquina.

Sem leite, sem espuminha, sem nada
apenas o sabor amargo das terras roxas.
É o companheiro,
onde acendo as ideias fébris e volto ao Barro Vermelho
o sonho da primeira infância
café de pilão, cheiroso e aromático.
Uma xícara de Brasil.

Ana Bárbara Sousa, novembro 2009
Postado originalmente no site http://tremderisco.wordpress.com

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