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quarta-feira, 14 de junho de 2017

As xícaras na obra de Fernando Pessoa


Ontem (13 de junho) foram comemorados 129 anos do nascimento de Fernando Pessoa,  um dos mais importantes poetas da língua portuguesa.

O pequeno trecho que reproduzo aqui está no Livro do Desassossego, de Bernardo Soares (um dos heterônimos de Fernando Pessoa).

"Concentrei e limitei os meus desejos, para os poder requintar melhor. Para se chegar ao infinito, e julgo que se pode lá chegar, é preciso termos um porto, um só, firme, e partir de ali para Indefinido.
Hoje sou ascético na minha religião de mim. 

Uma chávena de café, um cigarro e os meus sonhos substituem bem o universo e as suas estrelas, o trabalho, o amor, até a beleza e a glória. Não tenho quase necessidade de estímulos. Ópio tenho-o eu na alma.

Que sonhos tenho? Não sei. Forcei-me por chegar a um ponto onde nem saiba já em que penso, em que sonho, o que visiono. Parece-me que sonho cada vez de mais longe, que cada vez mais sonho o vago, o impreciso, o invisionável."

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